Sem poder viajar no feriado, com as crianças longe, enfrento depois de 2 anos o primeiro fim de semana longo sozinho em São Paulo.
Como qualquer acontecimento temos sempre dois lados, o negativo, por sentir pela primeira vez saudades de um monte de coisas que ainda não consigo superar a falta, e o positivo, de descobrir que os amigos sempre aparecem nas horas de aperto.
Um churrasco num dia, um almoço em outro e coroação com um espetáculo que, mesmo diante da inutilidade de recomendar por ter acabado ontem, é algo a ser monitorado e visto assim que voltar à cidade. Anotem o nome "Jogando no Quintal"
Pois um grupo de amigos há 5 anos criou uma brincadeira que deu tão certo que virou show. Um jogo de improvisações de tirar o chapéu.
A coisa é organizada como uma disputa entre duas equipes de palhaços, a cada vez uma pessoa da audiência dá um tema e o grupo deve organizar uma cena em torno deste tema. Um juiz alucinado e uma banda de primeira grandeza dão fluidez e o acompanhamento musical.
Não vou conseguir traduzir o ambiente, mas com certeza, mais da metade das pessoas naquele teatro já haviam visto o espetáculo uma meia dúzia de vezes. Alguns a ponto de levar cartazes para determinadas partes, ou objetos a serem usados em cena.
Poucas são as ocasiões em que me lembro de ter rido tanto, menos são aquelas em acabei participando tantas vezes das brincadeiras (nesta foram 3), mas nunca havia jogado uma torta na cara de um palhaço...
Pois não é que acabei jogando duas.
Em setembro de 2005 me vi só. 14 anos de minha vida usurpados sem dó. Incluindo meu bem mais precioso, minhas duas filhotas. A única alternativa, lutar pelo que é meu, e escrever minha história. A do homem que recomeçou sua vida do nada, em território hostil e desconhecido. A diferença do filme com mesmo nome? Eu fiquei numa selva moderna, sem um rifle Hawkin calibre 50. Quer saber mais? Leia e particpe das estórias de Jeremiah Johnson, mas cuidado, elas podem ser iguais à sua.
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