Um dos grandes problemas de encararmos de frente nossas vidas é o tempo. Sim caro(a) leitor(a), sei que todos dizem ser o tempo o melhor remédio. Mas tempo não se vende em farmácia e quando sentimos a dor da saudade de uma pessoa que se foi, quanto tempo essa dor e esse vazio vão ficar por lá?
Infelizmente, por uma questão conceitual, a única coisa que conseguimos nesta horas, é adicionar a ansiedade e a frustração à espera. Pois somos incapazes de conviver com um tempo que não é mensurável.
Neste ponto você já está perguntando: Jeremiah, você enlouqueceu? Como assim tempo que não pode ser medido? O tempo sempre pôde ser controlado em dias, meses, anos, horas, minutos, segundos...
É mesmo?
E quanto tempo levamos para aprender algo?
Quantos dias levamos para nos apaixonar?
Quantos meses levam para se esquecer algo? ou alguém?
Por que levamos anos para perdoar alguém? e alguns segundos para perdoar um filho? O ato de perdoar não deveria ser igual para todos?
Os gregos olhavam o tempo de duas formas, uma, aquela que conhecemos, o Tempo Curto, onde tudo é medido, tem prazo e ordem, enfim faz parte de nossa vida diária quando comemoramos aniversários, controlamos quanto durou cada evento importante ou não.
Mas existe um segundo conceito, o Tempo Largo, aquele em que não pode ser medido, nem controlado. Dura o tanto que deveria durar e não será medido porque nunca sabemos quando ele começou.
Relacionamentos, caro(a) leitor(a), funcionam no Tempo Largo, tudo leva o tempo que deve levar. Você se apaixona ou se desencanta, você aprende ou esquece, você ama ou deixa de amar quando for a hora e dura o que tiver de durar.
Meu conselho, com muita sinceridade, de alguém que já esperou e se desesperou, que contava as horas quando tudo iria se resolver e acabou frustrado, É:
Relaxe e aproveite a viagem, pois daqui a pouco a vida passou e você não viu...
Em setembro de 2005 me vi só. 14 anos de minha vida usurpados sem dó. Incluindo meu bem mais precioso, minhas duas filhotas. A única alternativa, lutar pelo que é meu, e escrever minha história. A do homem que recomeçou sua vida do nada, em território hostil e desconhecido. A diferença do filme com mesmo nome? Eu fiquei numa selva moderna, sem um rifle Hawkin calibre 50. Quer saber mais? Leia e particpe das estórias de Jeremiah Johnson, mas cuidado, elas podem ser iguais à sua.
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