segunda-feira, novembro 13, 2006

DOMINGO NO CINEMA.

Hoje foi um dia para namorar. A filhotas em seu fim-de-semana materno, resto da família por aí, consiguimos um tempinho para passar na Livraria Cultura enquanto espera a fila do restaurante e depois do almoço, cineminha.

Filme tenso, difícil de desviar para um beijo, trama complicada, alguém morreu, alguém matou, um dos dois é culpado, mas não dá para saber bem do que. Esqueçam, não vou falar nada para não acabar com o suspense.

Mas a história é sobre a obseção de um deles. Algo que cria uma rivalidade sem par, num caminho destrutivo onde a missão de um acaba se tornando destruir o outro. No meio o sofrimento das famílias e, como não podia faltar, de uma criança lindinha de tudo.

Consigo sair incomodado, é o deja vú da neurose humana. É transposição para o relacionamento profissional fictício de uma situação pessoal real. O final é conhecido, todos perdem mas não deixam de lutar, como se alguém tivesse de sair vencedor, mesmo que vencer signifique perder também.

Me lembrou muito outra produção, mesma linha, estória diferente. Um banqueiro e um comerciante se batem até a o fim de ambos. Só no final, quando não importaria mais, um descobre que destriu aquele que o ajudou quando mais precisava.

Por que escrevo isto?

Ora caro(a) leitor(a), porque incomodou ver a verdade, porque chateou saber o que vai acontecer, saber que algo não é bom e não poder alterar o final, pois há uma variável na equação que não poderá ser alterada. A variável irracional.

O lado bom?

A felicidade de ter a pessoa certa ao nosso lado conseguiu em pouco tempo fazer o sentimento ruim sumir. Deste dia, ficou o aconchego do abraço, o sabor do beijo, perfume dos cabelos macios e a saudade das pequenas, longe da gente. Domingo melhor impossível, pois até meu time, que vem dando vexame há muito tempo, ganhou.

quarta-feira, novembro 08, 2006

ESTÓRINHAS BONITINHAS

Chega o feriadão, pego as princesinhas e a namorada na quinta-feira de manhã e pé na estrada que o batidão é longo. Duas horas de estrada, parada para o almoço, pois as gatinhas são loucas pelo bife à parmegiana, mais uma hora e meia e chegamos.

Daí para frente é deixar sair do carro que elas se viram e começa o nosso descanso. Claro que é descanso caro leitor, ninguém tem pique para namorar depois de tanto tempo dentro de um carro.

Mas este feriado havia uma novidade, a namorada, já apaixonada pelas meninas e o pai, leva um laboratório de química mirim, sua especialidade profissional, para as primeiras esperiências das fofinhas.

Depois de vários pedidos passamos às primeiras experiências e o sucesso é absoluto. A coordenação da professora e as mudanças de cores, as novidades aprendidas, a expectativa do resultado das misturas e a supresa são lindos de ver. A interação das três, os olhinhos de admiração, a excitação valeram, foram o ponto alto da viagem.

Claro que as caminhadas foram deiliciosas, o descanso, o tempo que pudemos passar juntos longe do trabalho e tudo mais fazem dos feriados ocasiões especiais.

Mas, para um pai ouvir que o laboratório delas é o melhor do mundo, pois vem com uma professora junto, é tudo de bom.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Qual é o limite da estupidez?

Uma coisa é verdade quando encerramos um relacionamento de forma brusca. Dificilmente impera o bom senso. Pequenos detalhes da vida em comum voltam sempre a tona. Na verdade a probabilidade é inversamente proporcional à importância do detalhe. Quanto menos importante, mais rápido é usado como munição.

Tenho andado às voltas com algo assim. Seja em audiências no Fórum Central, local deprimente diga-se de passagem, ou em algumas coisas do dia-a-dia das filhotas. Pequenos problemas tornam-se grandes batalhas, cada alteração necessária, dada uma incompatibilidade profissional ou logística no leva e traz diário.

Não que eu esperava por uma vida tranquila. A primeira visita de um oficial de justiça às oito horas da manhã de um sábado chuvoso, deixou isto bem claro. Outros vieram, mais irão e a procissão de discussões em corte continuará. Matando toda e qualquer possibilidade de solução amigável.

Agora fica a pergunta, até quando impera a cretinice?

Quer dizer, quanto uma pessoa está disposta a perder? quanto uma pessoa está disposta a prejudicar duas crianças por seus motivos egoístas? qual e o limite do mal que uma criatura é capaz de praticar sem motivo além da satisfação pessoal?

Afinal, qual é o limite da estupidez?

Pior foi descobrir que, em certas pessoas, não há limite algum. Como o coelhinho da Duracell, elas continuam, continuam....não param nunca.

E há quem diga que o ser humano evolui.