domingo, março 27, 2011

Pai 100% ou 100% pai

Depois da terceira separação em quase 6 anos é hora de uma profunda reflexão sobre o que poderia ter sido feito de forma diferente para outro resultado. Afinal o próprio Albert Einstein disse: "insensatez é fazer as mesmas coisas sem parar esperando resultados diferentes"

O ponto em comum ao final de tudo foi resumido pela minha filhota conforme disse no post anterior, é necessário encontrar alguém que cuide mim, mas isso quer dizer o que afinal?

Lembrando velhos tempos sempre me vem a fala de um professor que disse: "é engano vocês acharem que eu posso fazer de vocês bons profissionais, pois eu sou um bom professor, posso fazer de vocês bons professores que é o que eu sei. Como seus pais, que vão fazer de vocês bons pais como eles são..."

Grandes idéias vem naqueles momentos onde estamos fora do nosso ambiente, numa corrida, num passeio, ou qualquer situação onde podemos pensar em qualquer coisa por estarmos a vontade.

Neste fim de semana, num treino de duas horas muitas perguntas vieram:

Será que estou sendo mais pai do que companheiro?
Será que crio uma relação doente de dependência?
Será que deixo de "fazer com" e passo para o "fazer por"?

Enfim, dizem que de todos os nossos relacionamentos que não deram certo, somos nós mesmos o único ponto comum. Não acredito que escolhi errado, Sra Johnson e Moça Bonita são mulheres lindas, inteligentes que, apesar de todas as condições para sermos felizes, algo se perdeu no meio do caminho.

Nestes quatro anos registrados nesse blog, que acabo lendo regularmente, fica claro que tenho sido um pai 100% para as meninas, elas estão bem na escola, com as amigas, com a familia e comigo.

Mas será que também não estou sendo 100% pai deixando os outros papéis de fora?

Difícil....difícil e duro de resolver

quarta-feira, março 16, 2011

Presta atenção pai!

Todo pai tem sempre aquela dúvida latente se está fazendo um bom trabalho, se preparou bem seus filhos para a vida que parece ser mais fácil, mas na verdade é diferente de tudo que vivemos.

Será que num mundo onde as relações se acabam, que os amigos virtuais se multiplicam, se as tribos explodem pelo mundo, nós que fomos criados em algo infinitamente mais restrito teremos alguma chance de ajudar nossos bebês a sobreviver?

Bom, eu já desisti de me perguntar e venho arduamente tentando preparar minha cabeça para dar pelo menos um conselho relevante para minhas pequerruchas que as ajude em sua caminhada.

Afinal eu mal consigo cuidar da minha vida direito, perdi a Sra Johnson há dois anos por nao ter conseguido lidar com uma separação complicada e conciliar o trabalho, as filhas e o namoro. Recebi uma segunda chance e prometi a mim mesmo não bancar o "Screw up" repetindo o erros do passado. Mais um promessa quebrada...

Mas eis que semana passada, passeando de carro com a Peteleca, começa uma daquelas conversas que todo pai prefere evitar: seus relacionamentos amorosos.

A pimpolhinha do alto de seus 11 aninhos começa a falar sobre a saudade que sentia da Sra Jonhson, como ela e a irmã gostavam da companhia dela e etc. Não que não gostassem de sua sucessora (que vou chamar de moça bonita daqui para frente por conta de uma brincadeira que fizemos no início do namoro) com quem também se davam muito bem.

Até aí estava tudo bem, pois eram apenas algumas constatações de uma menina que sentia falta de pessoas muito importantes para a vida dela, mas a porrada mesmo veio na sequencia quando ela olhou bem para mim e disse.

"Sabe pai a sra Johnson cuidava muito da gente, era muito legal. A Moça Bonita também, mas um pouco menos, mas era muito legal também e eu adoro as duas, mas você cuidava muito delas e eu acho que você deveria encontrar alguém que cuidasse de você em vez da gente."

Ela ganhou um grande beijo na testa e me deixou absolutamente perplexo não só por ter sintetizado com uma maturidade absurda para toda a falta de tamanho dela, mas também por me dar a certeza que, talvez, eu não esteja fazendo um trabalho tão ruim assim com ela e a irmã.

É a vida....