quinta-feira, outubro 18, 2007

O FUGITIVO

Pois lá vou eu de novo para esta vida. Mais uma vez, graças à meandros incompreensíveis da justiça e o ódio cego de uma pessoa cuja missão na terra parece ser causar o sofrimento alheio, volto a viver na clandestinidade.

É sempre fácil enfrentar certas situações se olharmos o lado bom das coisas, mas infelizmente o lado ruim tem ganho de lavada e levantar pela manhã começa a ficar difícil.

Não por mim, pois venho me preparando para isto há algum tempo e até estaria disposto a enfrentar uma temporada atrás das grades para dar um fim neste calvário. Mas apesar de plausível, seria um tormento para a família, um prejuízo financeiro que demorei para reconstruir e só aumentaria a angústia da família.

Então agora livre de certos laços, parto para uma nova vida, mais um recomeço, cada vez mais sozinho. Sinto pela família, sinto pelas crianças (que estão sob vigilância para o caso de me aproximar delas), sinto pela Sra. Johnson cuja saudade recusa-se a ceder.

Mas não sinto por mim, pois acho que situações extremas nos obrigam a tomar atitudes mais ousadas que estávamos adiando. Estava na hora de mudar daqui.

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