sábado, outubro 13, 2007

A BALEIA E O CAPITÃO

Há um filme em que o bordão do ator principal é não existirem coincidências. Não sei se pela hora ou pela perda da capacidade de guardar informações inúteis, mas qualquer que seja a razão, não consigo lembrar nada além disto.

Será que não existem mesmo?

Pois há alguns dias a Kika e seu Meme me trouxeram uma estória que há muito pensava em ler. Hoje na 2001 encontro Gregory Peck em um dos grandes papéis de sua carreira na mesma estória. Não é de se estranhar que a metáfora me acertou em cheio ao final da noite.

Pois não é só meu caso, outros tantos, me são narrados como comédia da vida privada, curiosidade sobre quão baixo o ser humano é capaz de descer e quanto as situações podem degradar trazendo sofrimento aos envolvidos.

No final via minha vida (e a de tantos outros no mesmo papel) no lugar da grande baleia branca, objeto de ódio e vingança, onde a outra parte, um Ahab enlouquecido só consegue focar em sua vingança cega e raiva descontrolada, a ponto de destruir a tudo e a todos envolvidos na caçada insana.

Mas a baleia não pode ser destruída, ela vai continuar de uma forma ou de outra, carregando as grandes cicatrizes das batalhas travadas, vitoriosa pelo simples fato de não poder ser destruída pelas mãos humanas.

Melville é duro de ler, acredite caro leitor. Na versão Regaee da música Moby Dick (olha eu embarcando na Helman's Airways de novo) o vocalista diz ter lido o livro duas vezes e não ter entendido nada. Senti que trilhava o mesmo caminho até hoje.

Espero um dia que isto mude, que a consciência pese, que o juizo chegue...pois o futuro, se nada for feito, eu sei qual será.

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