terça-feira, março 13, 2007

SEM DESCANSO

É uma tarefa difícil ser pai separado. Vejo as comunidades no Orkut onde os problemas, quase sempre similares, se apresentam numa cadeia sem fim de situações precisando de ajustes. Fica a impressão de que, após o fim do casamento, os problemas passam a se multiplicar e não resolver, objetivo maior da separação.

O que me impressiona é a batalha campal pelo poder sobre as crianças, quem decide o que, quem faz o que, quem tem quais direitos e por aí vai. Pais presentes desesperados pelas mães controladoras e excludente, mães sobrecarregadas queixando-se do fardo que assumiram sozinhas, novos(as) companheiros(as) tentando driblar a presença do(a) indesejável ex interferindo em sua vida.

Enfim, sei que os pais estão se defendendo, mas e as crianças, quem as defende nestas situações. A justiça? o guardião legal?

A conclusão, dolorosa de chegar, é a de que as crianças são o escudo e a espada nesta luta. Seus interesses perdem-se nas mãos dos advogados e de pais egoístas. Sob a bandeira da proteção aos pequenos tudo é permitido e os acordos assinados viram um tormento a todos os envolvidos, pois a vida não pode ser definida em papel e imprevistos, como o próprio nome diz, não podem ser previstos.

Ser pai é duro, ser pai separado muito mais duro ainda, pois temos de, no pouco tempo de contato, lembra que é preciso educar os filhos, ser enérgico, dizer não, enquanto tenta matar a saudade e compensar a ausência.

Não tenho fórmula secreta, mas quando a coordenadora falou que minha princesa precisava de acompanhamento, tive de aprender a dar carinho e educar. Parece brincadeira, mas doeu mais em mim do que nela.

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