segunda-feira, outubro 23, 2006

A tranquilidade dos justos

Sete dias. Passaram-se sete dias desde a audiência. Uma semana digerindo o que consegui e o que poderia ter acontecido. Uma semana saboreando uma vitória justa.

E o que aprendo com isto?

Que não há mal que sempre dure. Não, isto não, isto já sabia.

Que a justiça tarda, mas não falha. Também não, pois não houve justiça, apenas um acordo comercial, onde uma parte vendeu tempo de convivência com duas crianças para a outra.

Na verdade aprendi que certas coisas devem ser feitas independente de seu efeito.

Calma caro(a) leitor(a), eu explico.

Sempre acreditei que, ao regular os dias de visitas de minhas filhotas lindas estaria acabando com as chances de acomodações. Estaria selando um conjunto de datas que a imprevisibilidade da vida inviabilizaria o cumprimento, trazendo sofrimento a todos. Acreditei que pessoas tenderiam a agir no sentido de prover o bem estar das crianças e não de acordo com interesses particulares e sombrios. Estava enganado.

Ao assinar um documento que me garante pelo menos 30% de meu tempo com minhas filhas, ganhei a paz. Não existe mais aquela aura de incerteza, a dúvida do comportamento da mãe, se irá agir racionalmente ou não, se dissipou, agora posso fazer planos e viver a vida sem assombrações ou ataques de egoísmo patológico.

Esta semana tenho nova batalha pela frente, esta por dinheiro de verdade (a outra era por dinheiro disfarçado em amor maternal). Não estou nem um pouco preocupado, pois nesta minhas filhas não poderão ser utilizadas contra mim.

Ai se soubesse de tudo que sei hoje, no dia da primeira audiência.

Ah! deixa para lá. Consertarei tudo no fórum, nesta quinta-feira.

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