segunda-feira, outubro 16, 2006

Nau dos insensatos?

Publiquei ontem meu primeiro post bélico, usando palavras mais pesadas trouxe aos leitores sentimentos que não deveriam mais fazer parte de minha nova vida.

Na verdade não fazem, estou ciente de que a página virada nos 15 quilômetros da corrida de São Silvestre do ano passado e as mágoas devidamente lavadas por algumas garrafas de Champagne de primeira no "Reveillon dos Esquecidos" (festa para quem foi esquecido pelos amigos em São Paulo, não por terem algum problema de memória), encerraram de vez algo que já devia ter sido encerrado há muito tempo.

Mas relacionamentos com filhos não se encerram (pelo menos para quem tem caráter), apenas são estabelecidos limites de atuação e responsabilidade.

O que realmente aconteceu foi o não estabelecimento de limites rígidos dentro de uma decisão judicial. Não por falta de conhecimento, nem por alguam pilantragem qualquer. Mas porque não acredito que a lei serve a algum interesse a não ser os daqueles que dela vivem. Decisões rígidas impedem a acomodação. Impedem a improvisação. Impedem o bom funcionamento da vida, incerta por natureza, caótica por excelência, irregular graças a Deus.

Hoje, por questões pessoais, enfrento uma batalha para violar todos meus princípios e conquistar o que é meu por direito e jamais deveria ser questionado num tribunal. Hoje começo a pagar caro por confiar no bom senso, por procurar caminhos baseados em confiança mútua, por não aceitar a tratar outra pessoa como um adversário a ser derrotado.

Hoje, com 10 meses de atraso, entro numa briga que procurei evitar por mais de um ano. O resultado eu conheço, muita chateação, muito dinheiro gasto com advogados, muito tempo perdido.

Claro que é fácil reverter tudo, basta abrir mão de valores, princípios, dinheiro, memórias, bons momentos e tantas outras coisas que fazem a vida valer a pena.

Sinceramente caro(a) leitor(a) a opção pela paz instantânea é muito pior.

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