terça-feira, outubro 17, 2006

Show me the money

Três horas e meia gastas. Uma tarde perdida, um gosto ruim na boca, inúmeras lembranças boas destruídas. Uma batalha a menos.

Em apenas três horas e meia, uma eternidade olhada de dentro do olho do furacão, foi travada a primeira e mais importante batalha. Baixas?

Poucas caro(a) leitor(a), morreram na sala de audiências, um pouco da auto-estima, um pouco do respeito pelo outro, o resto de admiração por comportamentos de outras eras. Enfim morreu aquele restinho que sobrou de sentimentos bons pelo outro, que o tempo ainda não conseguira apagar. O caminho para o desprezo e para a indiferença está aberto, nada o fechará nos próximos anos.

Qual o resumo da batalha meu velho Jeremiah, perguntam os(as) leitores(as)? Quem foi o vencedor?

Sinceramente, não acreditei haver vencedor, consegui o que queria, colocquei no papel, gastei menos do esperava. Mas fui atingido pela verdade nua e crua de uma pessoa que mercantilizou a guarda dos filhos, que foi capaz de negociar duas meninas lindas como uma mercadoria. Só faltou pedir pagamento em cheques pré-datados.

Quanto você quer pagar Papai? Fazemos qualquer negócio. Aproveita a promoção até sábado.

E assim, minhas filhas foram negociadas na bolsa, viraram mercadoria. Quanto vale um beijo? quanto vale um abraço? Quanto vale um Eu te Amo Papai?

Para mim não havia como fixar preço, para outros há tabelas de desconto e promoção.

Pior mesmo é ouvir um comentário de corredor: "Acho que podia ter recebido mais..."

Agora é torcer para que providência divina traga o castigo certo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Por qual título foi a venda? Título de capitalização, título de agremiações ou título eleitoral? Onde está a dignidade nisso tudo? A pessoa não aceita as perdas? Quer manter ainda o status? Covardia, caro amigo Jeremiah. Tenha fé. Deus existe.