Esta semana acredito ter atingido o fundo do poço. se havia um período do ano onde tudo podia dar errado, o meu acabou de passar.
O bom destas épocas, se é que podemos falar assim, é a possibilidade de uma total inversão de valores. Vinda da reflexão profunda de momentos de extremo stress - e acredite caro(a) leitor(a), falo em stress daqueles de vida ou morte - onde certas conclusões nos atingem como raios. esta inversão de valores, nos dá outra perspectiva da vida e uma nova forma de encará-la.
Até esta semana, alguns problemas tomavam dimensões gigantescas, o relacionamento com a ex, problemas da crianças, falta de grana, seguro vencido, falta de perpectiva no tabalho e coisas do gênero.
Hoje, depois de tudo, estou mais focado, mais consciente que, apesar das crianças ainda representarem tudo na minha vida, é mais do que passada a hora de tocar a vida pensando em mim. Rever meus valores, mudar algumas metas, conciliar as responsabilidades com as necessidades. Enfim a vida tende a nos arrastar para o turbilhão de responsabilidades externas, e nós, sempre prontos a nos colocar de lado, sucumbimos a um peso que carregamos sem necesidade.
O que vou fazer daqui para frente ainda não sei, mas garanto que vou interromper de vez o ritmo alucinado que um dia iria acabar me matando. Afinal, vi que a morte pode estar rondando e não quero ver minha vez chegar e começar a me arrepender de alguma coisa. Vai ser bom para a família, para as crianças e principalmente para mim.
Em setembro de 2005 me vi só. 14 anos de minha vida usurpados sem dó. Incluindo meu bem mais precioso, minhas duas filhotas. A única alternativa, lutar pelo que é meu, e escrever minha história. A do homem que recomeçou sua vida do nada, em território hostil e desconhecido. A diferença do filme com mesmo nome? Eu fiquei numa selva moderna, sem um rifle Hawkin calibre 50. Quer saber mais? Leia e particpe das estórias de Jeremiah Johnson, mas cuidado, elas podem ser iguais à sua.
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2 comentários:
O FIM por Ailin Aleixo:
"Partir é inevitável.
Um dia abandonaremos o conhecido, seja impulsionados por insatisfação, necessidade ou desejo. Em algum momento chegará o fim da inocência escolar, da proteção da casa dos pais, do conforto de um abraço, do calor de um beijo, de um casamento falido, do emprego insatisfatório, da vida. Querendo ou não, partiremos. É a única certeza verdadeira. A grande certeza.
Partir é essencial. Por mais que tenhamos consciência do que, de quem, nos cerca, os fatos, detalhes ínfimos e tão importantes, pessoas, lugares, cheiros, músicas, só se tornam especiais ao virarem história; a velha mania tão humana de valorizar apenas o perdido. Ou o vivido.
Partir é a coragem de abandonar o mapeado e rumar para o incógnito, sem trilha marcada nem estrada pavimentada. É curtir o nó no estômago diante no novo, essa paisagem tão bela e pouco apreciada.
Partir nos faz mais fortes, curiosos, atentos. Atiça os sentidos. Ficamos menos dependentes e nos livramos dos grilhões (para alguns, confortadores) do familiar. Partir causa movimento porque, assim como água parada apodrece, nós corremos o risco de virar rascunhos de nós mesmos ao acostumar com a estagnação. Nada é mais perigoso do que ficarmos satisfeitos com o medíocre.
Partir pode doer para quem fica, mas não mata. Ao contrário, cria infinitas e novas possibilidades de histórias a serem desenhadas com quaisquer cores (ou ausência delas para os mais melancólicos) numa folha em branco. Num futuro todo. Numa existência plena.
Viva cada história até o último detalhe, tome até a última gota de todos seus momentos porque não há nada mais reles do que abandonar a vida por covardia, esconder-se dela detrás de falsos motivos. Não há nada mais deprimente do que alguém que finge partir quando, na verdade, está fugindo. Furtar-se a viver plenamente com toda a dor, alegria, tristeza, desamores e paixões é o mesmo que não ter nascido.
Mas vá, se sentir que precisa ir. Vá, se o que o move é impossível de domar. Não deixe o medo paralisá-lo. Ignore os que não entendem, criticam, alertam, amedrontam porque esses, enquanto você segue seu faro, escrutina o desconhecido, permanecerão no mesmíssimo lugar. Criarão musgo, não sairão do decadente quarteirão da resignação—e isso sim é assustador.
Por isso tudo, estou indo."
Pra refletir!!!
Bjs!!
Estes são apenas pequenos sintomas de uma doença chamada síndrome do relacionamento pós-moderno. Na minha opinião, todos nós saímos perdendo.
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