Estou em extase há três dias. Curtindo uma de papai babão, na boa, sem complexo, a ponto de mimar muito minhas bonequinhas.
Pois quase ao final de uma visita onde a as duas vieram decididas a testar todos os limites de minha paciência, a Mandioca surgiu com a necessidade de uma pesquisa sobre índios. Queria, após o almoço de domingo, que eu buscasse na Internet o material necessário e imprimisse para ela.
Nestas horas assume a personagem do professor e após uma preleção sobre a metodologia de pesquisa, definimos que a pesquisa seria sobre música de diversas tribos indíginas de vários continentes.
Não pergunte como caro(a) leitor(a), mas a verdade é que tenho no computador todo este material e, para ajudar a criança, consegui que ela tivesse a brilhante idéia de aproveitar esse material.
Gravamos um CD e lá fomos nós para casa (delas) ouvindo as diversas tribos e conversando sobre os diferentes instrumentos, tipos de música, cantos, títulos das músicas e etc.
Mais tarde, recebi cerca de uma dúzia de ligações com pequenas dúvidas dela enquanto preparava seu material de apresentação. Todas respondidas com o máximo de cuidado para que não perdesse nenhum detalhe.
Na segunda, de acordo com o relato dela, a professora avisou-a antes do recreio que sua nota provavelmente seria F (fraco), pois não havia levado o material escrito, evidenciando uma tarefa não cumprida.
Terminado o recreio, minha bonequinha vai à lousa e faz sua apresentação, apresentando as músicas, falando dos continentes, das diferenças de instrumentos e tipos de músicas, fazendo comentários sobre o desenvolvimento em que aquelas tribos se encontravam, navegando pelas 24 músicas de aborígenes, zulus, incas, navajos, sioux, apaches e muitos outros.
Resultado?
Tenho de gravar um CD igual para a professora, a gatinha levou um B (bom) com louvor em história, vai receber um incremento em geografia e música por trazer o material juntando os dois conhecimentos e está feliz da vida com seu trabalho. Descobriu que pesquisar pode ser legal e que a apresentação não precisa ser só no papel. Enfim um progresso espantoso.
O pai?
Esse está se controlando para não chorar.
Em setembro de 2005 me vi só. 14 anos de minha vida usurpados sem dó. Incluindo meu bem mais precioso, minhas duas filhotas. A única alternativa, lutar pelo que é meu, e escrever minha história. A do homem que recomeçou sua vida do nada, em território hostil e desconhecido. A diferença do filme com mesmo nome? Eu fiquei numa selva moderna, sem um rifle Hawkin calibre 50. Quer saber mais? Leia e particpe das estórias de Jeremiah Johnson, mas cuidado, elas podem ser iguais à sua.
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