"Familia é muito bom, pena que dura tanto."
Quando assisto algum filme sobre o feriado do dia de ação de graças e os conflitos familiares que duram décadas, fico com essa frase na cabeça.
Não por algum problema insolúvel em casa, ou por enfrentar situações tão extremas quanto às exageradamente retratadas na tela. Mas é uma daquelas reflexões que surgem durante uma crise ou outra, causadas por um motivozinho banal, que faz aflorar o pior de nós momentâneamente.
Seja por estar atravessando um período difícil, pelo cansaço acumulado nas pequenas coisinhas diárias ou um repente descontrolado, a verdade é que o ser humano tem um extenso histórico de dizer a coisa errada, na hora errada, para a pessoa errada. Criando um círculo que, ao invés de solucionar algo, apenas passa a bola para o outro lado da quadra. Construindo a ocasião em que um novo repente, agora da parte de quem recebeu a carga, irá devolver a bola tão quadrada e indigesta como foi enviada.
O(a) caro(a) leitor(a) não precisa se preocupar, não tenho nada tão específico a relatar, a maré, pelo menos em casa tem sido tranquila. Mas, num dia em que tive de enfrentar a coordenadora da escola e as crianças decidiram testar todos os limites possíveis da paciência do pai. Esses pensamentos acabam aflorando, ajudando até a manutenção do auto-controle.
Ainda bem que são quase duas da manhã e uma boa noite de sono (para os três é claro), porá tudo em seu devido lugar.
Amanhã elas se acalmam e eu posso curtir, na boa, a visita das minhas princesas.
Em setembro de 2005 me vi só. 14 anos de minha vida usurpados sem dó. Incluindo meu bem mais precioso, minhas duas filhotas. A única alternativa, lutar pelo que é meu, e escrever minha história. A do homem que recomeçou sua vida do nada, em território hostil e desconhecido. A diferença do filme com mesmo nome? Eu fiquei numa selva moderna, sem um rifle Hawkin calibre 50. Quer saber mais? Leia e particpe das estórias de Jeremiah Johnson, mas cuidado, elas podem ser iguais à sua.
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