Engraçado, quase esqueci que neste sábado fez um ano que saí definitivamente de casa.
Um ano de separação. Um ano de liberdade. Um ano dentro de uma montanha russa emocional. Um ano que deveria ser marcado pela tristeza e não foi.
Pois exatamente há 8 meses atrás, no dia 25 de janeiro, chegando correndo de uma viagem a Curitiba, fui aceito por quem seria a mulher da minha vida.
Coincidência?
Destino?
Não, acredito que Deus decidiu que já era hora deste seu atormentado e infeliz filho enxergar a realidade. Hoje, 367 dias depois da fatídica noite de 23 de setembro, quando deitei só, numa cama de solteiro, olhando para um futuro nebuloso, vejo quanto tudo mudou.
A vida feliz em família era mais solitária que a de solteiro. Preso a uma situação que absorvia as coisas boas sem dar nada em troca. Bons momentos revelaram-se momentos em que não havia ninguém ao lado para partilhar. Maus momentos eram sempre atribuídos a algo além da compreensão, que deveria ter sido feito ou dito.
Claro que novos problemas surgiram, claro que a separação com envolvimento de filhos é uma meia separação, pois ainda há coisas em comuns a serem tratadas. Mas a despeito dos problemas, cuja a importância para um lado é diretamente proporcional à irrelevância para o outro, uma separação sempre vem para o bem. Senão de um, então para os dois que se separam.
Filhos? sim, eles sofrem, sofrem muito com a dissolução do casamento, mas sofreriam mais numa casa sem amor, sem compreensão, sem compartilhamento. As minhas sofreram, muito, mas hoje tiram de letra, estão felizes com a perspectiva de uma segunda mãe em suas vidas, mostrando uma maturidade que muito adulto não tem.
Neste primeiro aniversário do resto da minha vida, só posso pedir para Deus saúde e sabedoria.
Sabedoria para saber manter vivo o amor que recebi de presente há 8 meses. Saúde para poder dar toda atenção que estas três mulheres da minha vida merecem.
Em setembro de 2005 me vi só. 14 anos de minha vida usurpados sem dó. Incluindo meu bem mais precioso, minhas duas filhotas. A única alternativa, lutar pelo que é meu, e escrever minha história. A do homem que recomeçou sua vida do nada, em território hostil e desconhecido. A diferença do filme com mesmo nome? Eu fiquei numa selva moderna, sem um rifle Hawkin calibre 50. Quer saber mais? Leia e particpe das estórias de Jeremiah Johnson, mas cuidado, elas podem ser iguais à sua.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário