Todo pai tem sempre aquela dúvida latente se está fazendo um bom trabalho, se preparou bem seus filhos para a vida que parece ser mais fácil, mas na verdade é diferente de tudo que vivemos.
Será que num mundo onde as relações se acabam, que os amigos virtuais se multiplicam, se as tribos explodem pelo mundo, nós que fomos criados em algo infinitamente mais restrito teremos alguma chance de ajudar nossos bebês a sobreviver?
Bom, eu já desisti de me perguntar e venho arduamente tentando preparar minha cabeça para dar pelo menos um conselho relevante para minhas pequerruchas que as ajude em sua caminhada.
Afinal eu mal consigo cuidar da minha vida direito, perdi a Sra Johnson há dois anos por nao ter conseguido lidar com uma separação complicada e conciliar o trabalho, as filhas e o namoro. Recebi uma segunda chance e prometi a mim mesmo não bancar o "Screw up" repetindo o erros do passado. Mais um promessa quebrada...
Mas eis que semana passada, passeando de carro com a Peteleca, começa uma daquelas conversas que todo pai prefere evitar: seus relacionamentos amorosos.
A pimpolhinha do alto de seus 11 aninhos começa a falar sobre a saudade que sentia da Sra Jonhson, como ela e a irmã gostavam da companhia dela e etc. Não que não gostassem de sua sucessora (que vou chamar de moça bonita daqui para frente por conta de uma brincadeira que fizemos no início do namoro) com quem também se davam muito bem.
Até aí estava tudo bem, pois eram apenas algumas constatações de uma menina que sentia falta de pessoas muito importantes para a vida dela, mas a porrada mesmo veio na sequencia quando ela olhou bem para mim e disse.
"Sabe pai a sra Johnson cuidava muito da gente, era muito legal. A Moça Bonita também, mas um pouco menos, mas era muito legal também e eu adoro as duas, mas você cuidava muito delas e eu acho que você deveria encontrar alguém que cuidasse de você em vez da gente."
Ela ganhou um grande beijo na testa e me deixou absolutamente perplexo não só por ter sintetizado com uma maturidade absurda para toda a falta de tamanho dela, mas também por me dar a certeza que, talvez, eu não esteja fazendo um trabalho tão ruim assim com ela e a irmã.
É a vida....
Em setembro de 2005 me vi só. 14 anos de minha vida usurpados sem dó. Incluindo meu bem mais precioso, minhas duas filhotas. A única alternativa, lutar pelo que é meu, e escrever minha história. A do homem que recomeçou sua vida do nada, em território hostil e desconhecido. A diferença do filme com mesmo nome? Eu fiquei numa selva moderna, sem um rifle Hawkin calibre 50. Quer saber mais? Leia e particpe das estórias de Jeremiah Johnson, mas cuidado, elas podem ser iguais à sua.
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