quinta-feira, novembro 01, 2007

OMNIA MUNDA MUNDIS

Há algum tempo procuro explicação para certos comportamentos (meus também, para ser sincero) no processo de separação. Por que parece ser corrente e, às vezes em maior número, que um dos lados sempre tem de levar a pior, seja carregando o fardo sozinho, seja sendo covardemente afastado dos filhos ou (em menor escala de importância) lesado patrimonialmente.

Sei que não há resposta para tudo, nem vou me meter numa pesquisa de campo para defender alguma tese de doutorado em sociologia. Mas posso, pelo menos, olhar para trás, analisar os dois anos de disputas, de idas e vindas a reuniões de acordos, de promessas descumpridas e picuinhas infantis.

A conclusão é simples, a culpa é minha. Como provavelmente é a sua caro leitor, se a cada postagem uma identificação nasceu e cresceu forte. Pois você provavelmente acreditou existir uma solução civilizada para tudo. Acreditou que havia um ponto de equilíbrio entre os interesses dos envolvidos e que os resultados pudessem ser maximizados para o bem de todos.

E assim você tocou seu processo de separação, comprometendo-se quase além do possível acreditando ser um esforço recíproco e na disposição da outra parte. Cada um teve seu desfecho, alguns foram bons, outros (como o meu) ruins. Mas todos partiram do mesmo ponto.

Sei que pago hoje pelas minhas escolhas, por ter confiado, por ter me comprometido, por ter batalhado para cumprir minhas promessas, enfim por acreditar. Várias vezes fui questionado por que insistia em acreditar nas pessoas, por que não tomava uma titude mais enégica, por que não retribuir na mesma moeda.

Depois de muito pensar, de refletir sobre como estão as meninas hoje, sobre minha vida. só posso fazer minhas as palavras de Paulo em Tito 1-15

"Tudo é puro para os puros"

E enfrentar as consequências de meus atos...